quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Jovens são libertos da dependência química no Recife

Jovens são libertos da dependência química no Recife
Durante o encontro, ex-dependentes contaram como conseguiram se livrar do vício; exemplo serviu de inspiração para centenas de jovens

Por Pedro Henrique Cunha

Em todo o País, a Força Jovem Brasil realizou, no último domingo (15), o evento “A Dose Mais Forte”, um tratamento intensivo voltado para dependentes químicos. O evento teve o objetivo levar a libertação dos vícios para quem sofre com a dependência de entorpecentes.
Na capital pernambucana não foi diferente. No início do encontro os participantes assistiram atentos, a imagens que mostram histórias e a realidade de jovens que se envolveram no mundo das drogas. As imagens divulgavam estatísticas, mostrando que são poucos os que tentam se recuperar, pois muitos morrem devido a doenças e dívidas acumuladas. Isso serviu como alerta para conscientizar todos sobre os rumos que estavam tomando na vida.
Muitos foram os que desejaram a libertação. Foi o caso de Carlos Alberto, de 28 anos.  Ele conta que, quando usava a droga, a timidez fugia e então 

ele se sentia encorajado a ter atitudes que não tinha quando sóbrio. Sem o conhecimento da família, pegava dinheiro escondido para sustentar o vício e, apesar dos conselhos dos pais para que ele parasse com o uso da maconha, a dependência se intensificou. “Foi aí que não encontrei mais força para me livrar do vício”, afirma, lembrando que chegou a ponto de fumar 8 cigarros de maconha por dia,  até ser preso com um vidro de lança-perfume no colégio e levado pela família a uma  clínica de reabilitação. “Passei dez meses na clínica, pensava que estava livre, mas, quando vi, estava preso aos vícios de novo”, comenta Carlos, que recebeu um convite para participar da reunião e obter a libertação dos vícios.
Livre dos vícios
No encontro, o coordenador do Dose Mais Forte, Almir Calazans, contou como se libertou  do vício das drogas, após 20 anos de sofrimento. Aos 16 anos, para agradar os amigos e manter uma posição de respeito dentro da turma, Almir começou a usar maconha, crack, chá de cogumelo e lança-perfume. O uso esporádico foi se tornando cada vez mais constante e quando ele se deu conta já era um dependente.  Para se afastar das más companhias, ele se mudou para casas de familiares em outros estados e até para fora do País. Para ele, a estratégia foi em vão, pois só contribuiu para que se viciasse ainda mais. “Em vez de melhorar, piorou, pois meus familiares não tinham controle sobre mim. Me sentia livre para me drogar sem preocupações”, relata Calazans, que hoje está liberto dos vícios, graças ao trabalho do Dose Mais Forte.
Para o pastor Julio Cesar, o evento é uma grande mobilização na qual não está sendo levantada uma bandeira religiosa, mas uma bandeira contra as drogas. “Queremos acabar com esse mal que está destruindo a vida dos jovens, não só em Pernambuco, mas em todo o Brasil”, enfatizou.
No que depender do empenho e do trabalho incansável dos voluntários do Dose Mais Forte, é certo que  o tão sonhado objetivo do Grupo a será atingido. A sociedade agradece.

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