APÓS DUAS SEMANAS NO MÉXICO,EX-JOGADOR CRITICA A EXCLUSIVIDADE DA FIFA NA COMERCIALIZAÇÃO DE INGRESSOS PARA A COPA 2014; INSTITUIÇÃO É CONTRÁRIA À VENDA DE MEIAS-ENTRADAS PARA ESTUDANTES E IDOSOS
O
ex-jogador lembrou que os direitos dos consumidores aqui no Brasil
detêm a mesma importância dos dispositivos constitucionais. Ele disse
também que vai propor uma emenda ao projeto, revogando a exclusividade
da Fifa na comercialização dos ingressos para a Copa do Mundo de 2014. A
instituição é contrária à venda de meias-entradas, prevista para
estudante e idosos no país.
O
advogado do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) Guilherme Rosa
Varela sugeriu que seja proibida a criação das áreas de exclusividade
comercial da Fifa nas imediações dos estádios, como está previsto no
projeto.
A
Associação Proteste concorda com o Idec. Segundo Maria Inês Dolci,
representante da entidade, são inaceitáveis as restrições de direitos
contidas no projeto, entre elas, a proibição de meia-entrada para os
idosos, a exclusividade da Fifa no comércio de produtos da Copa nas
imediações dos estádios e a venda casada (ingresso mais pacote
turístico).
O
relator do projeto, deputado Vicente Cândido (PT-SP) considerou
importantes as observações do Idec e da Associação Proteste e se propôs a
fazer reuniões informais com as duas entidades, mas lembrou que quando o
Código de Defesa do Consumidor entrou em vigor, há 21 anos, o Brasil
não tinha perspectivas de sediar uma Copa do Mundo e, por isso, é
necessária ampla discussão sobre o assunto.
Da
parte do governo, o secretário de Direito Econômico e representante do
Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da
Justiça, Vinicius Marques de Carvalho, disse que já houve muitos avanços
na elaboração do projeto de lei, já que, inicialmente a Fifa queria
simplesmente a revogação do Código de Defesa do Consumidor e dos
estatutos do Idoso e do Torcedor, o que não foi aceito pelo governo,
enquanto a meia-entrada para os estudantes é tratada em leis estaduais.
Quanto
aos demais temas, ele disse que cabe ao Congresso decidir sobre a
supressão deles do projeto e disse que a venda casada de ingressos da
Copa precisa ser bem analisada, pois se for retirada do texto poderá
resultar no encarecimento dos ingressos para a Copa do Mundo e a das
Confederações
CONSIÊNCIA POLÍTICA DF
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