Pedra fundamental da primeira montadora chinesa no País foi lançada, ontem, em SP
AUGUSTO LEITE*
DIRETORES escutaram de Alckmin que número de engenheiros será dobrado
JACAREÍ (SP) - Com a economia da China crescendo na faixa de dois dígitos por ano, surge a necessidade de dar passos mais largos. Em meio a uma desconfiança natural para quem está entrando em um nicho de gigantes, foi lançada ontem, em Jacareí, a 75 quilômetros de São Paulo, a pedra fundamental da primeira indústria de automóveis chinesa no Brasil, além de um centro de pesquisas. A Chery tem 12 fábricas fora do País, mas todas de montagem. Agora, de olho em um dos maiores mercados do mundo - o brasileiro -, a montadora investe US$ 400 milhões na unidade fabril, que será responsável por até 170 mil carros/ano. Quatro mil e quinhentos empregos diretos serão gerados.
A produção inicial vai contemplar apenas os modelos A13 e S18, ainda não vendidos e sem nome no Brasil, onde o fabricante está presente desde o segundo semestre de 2009 e a expectativa é que eles sejam divididos em duas versões. No mercado brasileiro, a Chery já comercializa cinco modelos, entre eles o QQ e o Face.
A fábrica brasileira deve entrar em operação em setembro de 2013, ano em que serão fabricados em torno de 50 mil carros. A intenção é atingir a capacidade máxima entre 2015 e 2016. Mais de 80% dos automóveis ficarão no mercado interno. Os chineses não esclareceram com que engenharia financeira será erguida a planta de Jacareí, apenas se limitaram a dizer que os recursos são de um banco da China e da própria empresa.
O CEO da Chery no Brasil, Luis Curi, optou por não falar sobre preços dos carros, mas assegurou que o fabricante se comprometerá com a política de preços baixos. “Foi com esse propósito que entramos no País, o de atender o novo consumidor. Até a Volkswagen apareceu com um carro mais barato”, comentou. O executivo salientou que os planos da empresa no Brasil não são de curto a médio prazo.
Ainda assim, entre os planos ambiciosos, a Chery pretende mais que triplicar o número de veículos comercializados no Brasil, saltando de sete mil unidades em 2010, para 25 mil automóveis este ano. São 80 concessionárias no Brasil e mais 20 serão entregues até dezembro. O problema é que o acabamento dos carros chineses ainda deixa - e muito - a desejar, assim como o reposicionamento de peças.
Um grupo de consultoria contratado pela Chery está elaborando um estudo que poderá indicar o número de fornecedores necessários à montadora no Brasil, inicialmente estimado em 20 empresas. A cadeia já presente em São Paulo foi uma das razões de a montadora se instalar no estado. Outra motivação importante foi o Pro-Veículo, programa de incentivos que acelera a liberação de créditos de ICMS. O governador paulista, Geraldo Alckmin, afirmou que o número de engenheiros formados na Universidade de São Paulo (USP) vai ser dobrado por conta do centro de pesquisas do fabricante chinês.
* O repórter viajou a convite da Chery
AUGUSTO LEITE*
DIRETORES escutaram de Alckmin que número de engenheiros será dobrado
JACAREÍ (SP) - Com a economia da China crescendo na faixa de dois dígitos por ano, surge a necessidade de dar passos mais largos. Em meio a uma desconfiança natural para quem está entrando em um nicho de gigantes, foi lançada ontem, em Jacareí, a 75 quilômetros de São Paulo, a pedra fundamental da primeira indústria de automóveis chinesa no Brasil, além de um centro de pesquisas. A Chery tem 12 fábricas fora do País, mas todas de montagem. Agora, de olho em um dos maiores mercados do mundo - o brasileiro -, a montadora investe US$ 400 milhões na unidade fabril, que será responsável por até 170 mil carros/ano. Quatro mil e quinhentos empregos diretos serão gerados.
A produção inicial vai contemplar apenas os modelos A13 e S18, ainda não vendidos e sem nome no Brasil, onde o fabricante está presente desde o segundo semestre de 2009 e a expectativa é que eles sejam divididos em duas versões. No mercado brasileiro, a Chery já comercializa cinco modelos, entre eles o QQ e o Face.
A fábrica brasileira deve entrar em operação em setembro de 2013, ano em que serão fabricados em torno de 50 mil carros. A intenção é atingir a capacidade máxima entre 2015 e 2016. Mais de 80% dos automóveis ficarão no mercado interno. Os chineses não esclareceram com que engenharia financeira será erguida a planta de Jacareí, apenas se limitaram a dizer que os recursos são de um banco da China e da própria empresa.
O CEO da Chery no Brasil, Luis Curi, optou por não falar sobre preços dos carros, mas assegurou que o fabricante se comprometerá com a política de preços baixos. “Foi com esse propósito que entramos no País, o de atender o novo consumidor. Até a Volkswagen apareceu com um carro mais barato”, comentou. O executivo salientou que os planos da empresa no Brasil não são de curto a médio prazo.
Ainda assim, entre os planos ambiciosos, a Chery pretende mais que triplicar o número de veículos comercializados no Brasil, saltando de sete mil unidades em 2010, para 25 mil automóveis este ano. São 80 concessionárias no Brasil e mais 20 serão entregues até dezembro. O problema é que o acabamento dos carros chineses ainda deixa - e muito - a desejar, assim como o reposicionamento de peças.
Um grupo de consultoria contratado pela Chery está elaborando um estudo que poderá indicar o número de fornecedores necessários à montadora no Brasil, inicialmente estimado em 20 empresas. A cadeia já presente em São Paulo foi uma das razões de a montadora se instalar no estado. Outra motivação importante foi o Pro-Veículo, programa de incentivos que acelera a liberação de créditos de ICMS. O governador paulista, Geraldo Alckmin, afirmou que o número de engenheiros formados na Universidade de São Paulo (USP) vai ser dobrado por conta do centro de pesquisas do fabricante chinês.
* O repórter viajou a convite da Chery
Fonte: folha de Pernambuco
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