Record responde diretor da Globo: “orgulho e arrogância”
Emissora ressaltou que telespectador está em busca de novas opções na televisão
Do R7
02/03/2012
Mowa Press
Record diz em comunicado que a Globo não entende que o telespectador busca alternativas
A
Record emitiu nesta sexta-feira (2) um comunicado para a imprensa,
diante dos comentários do executivo da Globo Esportes Marcelo Campos
Pinto.
Nesta semana, a Fifa (Federação Internacional de Futebol Associado) decidiu seguir parceria com a Globo na transmissão da Copa do Mundo em 2018 e 2022.
O caso gerou discussão, pois a renovação se deu sem licitação para a concorrência.
Audiência da Globo cai 29% nos jogos da Copa do Mundo
Nesta semana, a Fifa (Federação Internacional de Futebol Associado) decidiu seguir parceria com a Globo na transmissão da Copa do Mundo em 2018 e 2022.
O caso gerou discussão, pois a renovação se deu sem licitação para a concorrência.
Audiência da Globo cai 29% nos jogos da Copa do Mundo
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O executivo da Globo justificou a renovação para o portal UOL, dizendo que “A Globo está mil anos-luz à frente da Record”.
Diante de tais declarações, o vice-presidente de Programação da Rede Record, Honorilton Gonçalves, emitiu comunicado ressaltando a importância do telespectador e acusando a Globo de tratar o assunto com “orgulho e arrogância”.
Leia o comunicado na íntegra:
“Diante das afirmações do Sr. Marcelo diretor da Globo ao Uol, é necessário esclarecer:
Como um diretor da Globo pode falar desta maneira trabalhando numa emissora que perde audiência todos os anos? O orgulho e a arrogância não permitem perceber a realidade provada pelos institutos de pesquisa: os brasileiros estão cada vez mais em busca de novas opções na televisão. E a Record simplesmente se propõe a ser uma delas.
Há cinco anos a Globo tinha 15 pontos de audiência a mais que a Record na média do dia na Grande São Paulo. Hoje, a diferença despencou para 7 pontos, como mostram os números consolidados de fevereiro. Curioso, aliás, este diretor usar de tanta soberba justamente quando a Globo registra o pior fevereiro, em audiência, de toda a sua história.
Nas transmissões esportivas, das quais o diretor da Globo fala com tanta prepotência, a situação é ainda mais grave. Entre os anos de Copas do Mundo de 2002 até 2010, por exemplo, os jogos da seleção caíram em audiência 29%, ou seja, um em cada três telespectadores abandonaram a suposta qualidade da Globo para assistir aos jogos do Brasil por outros caminhos.
No tratamento dos Jogos Pan-Americanos, a mesma arrogância: a Globo ignorou o evento durante vários anos seguidos. Em 2003, a emissora transmitiu inacreditáveis 29 minutos do Pan de Santo Domingo. Ano passado, em Guadalajara, a Record exibiu 140 horas de eventos da segunda mais importante competição olímpica mundial. E apesar das dificuldades enfrentadas com a qualidade do sinal internacional de transmissão, lideramos a audiência em vários jogos, competições e em diversas capitais brasileiras.
O que os diretores da Globo não entendem, ou não querem entender, é que o telespectador é o grande responsável por estas novas escolhas. Arrogância típica de quem não tolera concorrência, como aconteceu esta semana nas sombrias negociações pelos direitos das Copas de 2018 e 22.
No Comitê Olímpico Internacional é diferente. Houve uma licitação para os Jogos Olímpicos de 2016 e, ao contrário do que tenta sugerir o referido funcionário da Globo, a Record conquistou os direitos para televisão aberta assim como a sociedade Globo-Bandeirantes também. Na mesma disputa e ao mesmo tempo foram proclamados os resultados, sem privilégios ou prioridades.
O executivo da Globo justificou a renovação para o portal UOL, dizendo que “A Globo está mil anos-luz à frente da Record”.
Diante de tais declarações, o vice-presidente de Programação da Rede Record, Honorilton Gonçalves, emitiu comunicado ressaltando a importância do telespectador e acusando a Globo de tratar o assunto com “orgulho e arrogância”.
Leia o comunicado na íntegra:
“Diante das afirmações do Sr. Marcelo diretor da Globo ao Uol, é necessário esclarecer:
Como um diretor da Globo pode falar desta maneira trabalhando numa emissora que perde audiência todos os anos? O orgulho e a arrogância não permitem perceber a realidade provada pelos institutos de pesquisa: os brasileiros estão cada vez mais em busca de novas opções na televisão. E a Record simplesmente se propõe a ser uma delas.
Há cinco anos a Globo tinha 15 pontos de audiência a mais que a Record na média do dia na Grande São Paulo. Hoje, a diferença despencou para 7 pontos, como mostram os números consolidados de fevereiro. Curioso, aliás, este diretor usar de tanta soberba justamente quando a Globo registra o pior fevereiro, em audiência, de toda a sua história.
Nas transmissões esportivas, das quais o diretor da Globo fala com tanta prepotência, a situação é ainda mais grave. Entre os anos de Copas do Mundo de 2002 até 2010, por exemplo, os jogos da seleção caíram em audiência 29%, ou seja, um em cada três telespectadores abandonaram a suposta qualidade da Globo para assistir aos jogos do Brasil por outros caminhos.
No tratamento dos Jogos Pan-Americanos, a mesma arrogância: a Globo ignorou o evento durante vários anos seguidos. Em 2003, a emissora transmitiu inacreditáveis 29 minutos do Pan de Santo Domingo. Ano passado, em Guadalajara, a Record exibiu 140 horas de eventos da segunda mais importante competição olímpica mundial. E apesar das dificuldades enfrentadas com a qualidade do sinal internacional de transmissão, lideramos a audiência em vários jogos, competições e em diversas capitais brasileiras.
O que os diretores da Globo não entendem, ou não querem entender, é que o telespectador é o grande responsável por estas novas escolhas. Arrogância típica de quem não tolera concorrência, como aconteceu esta semana nas sombrias negociações pelos direitos das Copas de 2018 e 22.
No Comitê Olímpico Internacional é diferente. Houve uma licitação para os Jogos Olímpicos de 2016 e, ao contrário do que tenta sugerir o referido funcionário da Globo, a Record conquistou os direitos para televisão aberta assim como a sociedade Globo-Bandeirantes também. Na mesma disputa e ao mesmo tempo foram proclamados os resultados, sem privilégios ou prioridades.
Honorilton Gonçalves, vice-presidente de Programação - Rede Record”
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