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Criação de empregos cai 36% em agosto
Publicado em 15/09/2011 São 109 mil vagas a menos que em 2010; dólar e crise externa afetam indústria, que gera metade das vagas
O dólar baixo e a crise externa atingiram em cheio a indústria brasileira, e o número de vagas com carteira abertas em agosto desabou 36%. O governo já admitiu que a meta de criar 3 milhões de empregos no ano não será alcançada.
Segundo o Caged, balanço mensal divulgado pelo Ministério do Trabalho, o país criou 190.446 empregos formais no mês passado, o pior agosto desde 2007. No mesmo período do ano passado, 299.415 vagas haviam sido geradas.
Nos oito primeiros meses deste ano, 1,82 milhão de vagas foram abertas, 16% a menos que em 2010.
Em 2011, a geração de postos na indústria caiu quase pela metade (70,3 mil ante 35,9 mil em agosto de 2010). O segmento é o que mais sente o efeito da redução das compras de países do exterior, abalados pela crise global.
Para agravar a situação, o dólar barato deixa as exportações brasileiras mais caras frente a outros concorrentes.
A desaceleração no ritmo de contratação ocorreu em todos os setores. O comércio gerou menos 20,7 mil postos, uma queda de 32%. Nos serviços, a redução foi de 26%, com perda de 34 mil vagas formais, enquanto na construção civil foram perdidos 8,5 mil empregos - queda de 21%.
O desaquecimento também reflete medidas adotadas pelo BC antes da eclosão da crise externa, como alta dos juros e restrição ao crédito para combater a inflação e evitar consumo exagerado.
IPI menor para carros
Para impedir mais demissões na indústria automobilística, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, defendeu que o governo reduza o IPI para carros fabricados no país.
Admissões na construção civil recuaram 21% no mês passado, com aperto no crédito e juro mais alto
reprodução
(Da redação) do Destak
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