quinta-feira, 1 de março de 2012

Governo mudará de critério na correção de redações do Enem

EXAME
Governo mudará de critério na correção de redações do Enem
Segundo ministro da educação, alterações irão garantir mais segurança aos alunos
01/03/2012  - AGÊNCIA BRASIL
 O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, defendeu hoje que as redações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) passem por mudanças no critério de correção, garantindo mais objetividade e segurança aos alunos. Conforme informou ontem o jornal "O Estado de S.Paulo", o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão que cuida do Enem, discute internamente mudanças na correção das redações. Uma das possibilidades é, no caso de discrepância das notas do primeiro e do segundo corretor, a redação ser levada a uma banca com três especialistas.

"Vamos mudar os critérios de correção, porque a redação sempre tem um caráter subjetivo. Quanto menor a dispersão das notas, quanto mais objetividade e segurança nós dermos aos alunos, melhor para a valorização do Enem. Vamos alterar o critério, sim aguardar a comissão de especialistas que está discutindo a matéria fazer uma proposta antes de bater o martelo", disse o ministro, que participou hoje do programa "Bom Dia, Ministro", produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência.
No ano passado, o Inep foi confrontado com processos judiciais de candidatos que criticaram as notas finais. Foi o caso de uma estudante carioca que recebeu três notas diferentes: 800 (do primeiro corretor), 0 (do segundo) e 440 (do terceiro).
"Pretendemos melhorar a realização do Enem para este ano. Para o aluno não vai ter alteração: o que vale no Enem é estudar. Estudou, passa. O que vamos aprimorar é a forma de fazer o exame para evitar as dificuldades", afirmou Mercadante. As provas do Enem 2012 estão marcadas para 3 e 4 de novembro.
SALÁRIO
Quanto ao pagamento do piso nacional dos professores, que foi reajustado para R$ 1.451 por mês, Mercadante disse que o MEC sabe das dificuldades das prefeituras garantirem o pagamento desse valor, mas afirmou que isso não pode levar ao retrocesso.
"Se quisermos ter educação de qualidade no Brasil, vamos ter de continuar recuperando o piso, para que os jovens que estão na universidade se motivem a ser professores", afirmou.

Agência Brasil

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