Apoio a Prefeito entra em pauta
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Câmara do Recife |
Vereadores da Frente Popular vão decidir se apoiam a candidatura de
João da Costa
Ana Luiza Machado
Cansados de serem escanteados do debate sobre a sucessão municipal,
os vereadores do Recife que compõem a Frente Popular resolveram se reunir, analisar
este cenário de indefinição em torno do nome do prefeito João da Costa (PT)
para a reeleição e se posicionar. O encontro que acontecerá na quinta feira, às
13h, em um restaurante do Derby, foi articulado ontem durante a sessão na
Câmara do Recife e contará com a presença dos líderes de bancada na Casa.
O encontro reunirá lideranças de 13
partidos (PT, PSB, PTB, PSD, PTN, PRTB, PTC, PTdoB, PCdoB, PHS, PRP, PRB,
PV) que contribuíram para a eleição de João da Costa em 2008. Diante da conjuntura eles vão deixar
claro na reunião se apoiam ou resistem ao nome do prefeito para a reeleição. As
lideranças também apresentarão alternativas, segundo o critério das suas
legendas, e em seguida, discutirão essas informações com os demais vereadores
da bancada.
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Apesar do fogo amigo na Câmara, o secretário de Articulação de
Governo Henrique Leite (PT) considera que a governabilidade do prefeito sempre
foi garantida pela bancada governista: "a Câmara está com o
prefeito", afirmou. A reunião de quinta feira, no entanto, vai de encontro
ao que pensa o secretário sobre o papel da Câmara do Recife no quesito
eleitoral. "A Câmara fica como coadjuvante nesse processo", disse em
entrevista ao Diário no Baile Municipal, ocorrido no último sábado.
O comentário não foi bem recebido pelos vereadores. Sérgio
Magalhães (PSD), por exemplo, reconheceu que os governistas estavam
"passivos" em toda essa discussão, mas considerou a declaração do
secretário equivocada. "O Legislativo nunca será coadjuvante em uma
eleição. Se na Câmara tem 28 governistas, somamos mais 300 mil votos. Somos nós
que vamos para rua, temos essa força eleitoral e isso não pode ser
ignorado", resaltou.
Para Gilberto Alves (PTN), a declaração de Leite foi um
"delírio". Segundo ele, não há como discutir política eleitoral sem
que o debate passe pela Câmara. "Estranho e sou radicalmente contra essa
posição do secretário, primeiro porque isso não corresponde às ações que tem de
articulador. E segundo, porque ele já foi vereador e sabe da importância que
temos nesse processo", disse, sem esconder a chateação, o vereador.
"Se
na Câmara tem 28 governistas, somamos mais 300 mil votos"
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Sergio
Magalhães (PSD), vereador
Diário de Pernambuco
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