quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Vazamento de petróleo no Rio não deve chegar à praia, diz Ibama

Vazamento de petróleo no Rio não deve chegar à praia, diz Ibama

Camila Campanerut
Do UOL Notícias, em Brasília

O presidente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Curt Trennepohl, afirmou nesta quarta-feira (23) que o vazamento de petróleo na bacia de Campos, no Rio de Janeiro, não deve alcançar o litoral fluminense.
“A informação que tenho é que é muito remota a possibilidade de que o óleo chegue até o litoral”, disse Trennepohl antes do início da audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir o assunto.    


Veja as imagens do vazamento divulgadas pela ANP

A afirmação contraria a fala do secretário estadual do Meio Ambiente do Rio de Janeiro e ex-ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, de que a mancha chegaria às praias do Rio e de São Paulo. A afirmação de Minc foi baseada em análises feitas por técnicos da secretaria e do próprio Ibama.
Os integrantes da audiência da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara começaram a discutir o vazamento por volta das 16h. Está presente na sessão o presidente da Chevron Brasil, George Buck, que fala sobre as circunstâncias do acidente e o andamento das medidas para limpar a área atingida.
O deputado federal Dr. Aluizio (PV-RJ) começou hoje a reunir assinaturas para a abertura de uma CPI (comissão parlamentar de inquérito) para apurar as responsabilidades pelo vazamento de óleo.  Para a abertura da comissão, o parlamentar precisará de, no mínimo, 171assinaturas –o equivalente a um terço do número total de deputados.
Vazamento de petróleo na bacia de Campos
 
Foto 6 de 13 - 18.nov.2011 - Vista aérea do trabalho de contenção do petróleo que vazou de uma plataforma da Chevron, na bacia de Campos, há dez dias Mais Márcia Foletto/Agência O Globo 
Entenda o vazamento
O acidente na bacia de Campos ocorre pelo menos desde o dia 8 deste mês. O auge do vazamento se deu no dia 11 de novembro, quando até 600 barris de petróleo vazavam diariamente na região, depois esse percentual foi diminuindo, segundo a ANP (Agência Nacional de Petróleo).
O presidente da subsidiária brasileira da Chevron, George Buck, calculou em 2,4 mil barris (381,6 mil litros) volume total de petróleo vazado. 

Compare o acidente na bacia de Campos com o vazamento no golfo do México em 2010, o pior da história dos Estados Unidos

EUA BRASIL
Empresa BP (Reino Unido) Chevron (EUA)
Multa R$ 35 bilhões R$ 50 milhões
Litros vazados 779 milhões 365 mil litros*
Multa: R$/litro 44,9 136,7
  • Fonte: Folha de S. Paulo
  • * Estimativa da ANP
Os danos causados pelo vazamento só serão mensurados depois de uma análise de dano ambiental a ser concluída apenas com o fim do derrame, segundo informações do presidente do Ibama.
Na última segunda-feira (21), a ANP emitiu dois autos de infração contra a Chevron: um pelo não cumprimento do “Plano de Abandono do Poço” apresentado pela própria empresa à ANP e outro pela adulteração de informações sobre o monitoramento do fundo do mar. Os valores das multas serão definidos apenas ao final do processo administrativo.
No mesmo dia, o Ibama multou a empresa em R$ 50 milhões – valor máximo estipulado com base na Lei do Óleo (nº 9.966/2000). Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, novas multas poderão ser aplicadas depois de análises de relatórios.
Após o vazamento, a petroleira poderá ser retaliada pela ANP e ter negado o projeto de extração de petróleo na camada pré-sal.
O delegado da Polícia Federal, Fábio Scliar, que investiga o caso, disse que a Chevron pode ser indiciada duas vezes por crime ambiental, caso fiquem comprovada a responsabilidade no vazamento do óleo e no uso de técnicas, para a contenção do petróleo, que agridem o meio ambiente.
A Polícia Federal também investiga indícios de que funcionários estrangeiros da empresa Chevron, que trabalhavam na área da perfuração onde ocorreu o vazamento, não tinham permissão para trabalhar no Brasil.


Veja as imagens do vazamento divulgadas pela ANP


 
Moradores das ilhas Faroé, no norte da Europa, promovem matança de baleias-piloto durante o tradicional 'Grindadrap' (caça às baleias em Faroé, em tradução livre) perto da capital do arquipélago, Torshavn. Moradores do local, que é uma província autônoma da Dinamarca, caçam as baleias e comem sua carne todos os anos. Eles são descendentes do povo viking e têm a baleia-piloto como parte central de sua dieta há mais de mil anos Andrija Ilic/Reuters




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