Lupi nega que haja corrupção no Ministério do Trabalho e pede provas
Gustavo Lima

Lupi: "Quem não deve não teme".
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, reafirmou nesta quinta-feira, na
Câmara, que não há corrupção em sua pasta. Segundo ele, “se alguém fez
algo” no Ministério do Trabalho, foi por conta própria e deve pagar por
isso. Em reportagem da revista Veja, funcionários e
ex-funcionários do ministério são acusados de cobrar propinas de
organizações não governamentais em situação irregular, em benefício do
PDT (partido do qual o ministro é presidente licenciado).
Segundo Lupi, as denúncias são vazias e mostram que não houve
propina, pois as empresas denunciantes não receberam dinheiro do
ministério. "Apareça a prova, apresente-se quem levou dinheiro. Eu não
compactuo com a corrupção, quero corruptor e corrupto na cadeia. Quem
não tem o que temer desafia mesmo”, afirmou.
Durante a audiência na Comissão de Fiscalização Financeira e
Controle, o ministro voltou a pedir desculpas à presidente Dilma
Rousseff por ter dito que só sairia “à bala” do ministério. "Eu gosto de
fazer o debate, às vezes exagero. Peço desculpas públicas. Presidente,
desculpe se eu fui agressivo, não foi minha intenção, eu te amo", disse.
Total confiança
Lupi defendeu seu ex-chefe de gabinete Marcelo Panella, seu amigo
pessoal, que se afastou do ministério em agosto. Ele é acusado de cobrar
de 5% a 15% dos valores de contratos com ONGs para restabelecer
repasses suspensos por irregularidades. Panella é tesoureiro do PDT.
“Tenho absoluta e total confiança em Marcelo Panella. Coloco a minha
função e vida à disposição de quem quer investigar o Marcelo”, disse
Lupi, em resposta a deputados da oposição que questionaram a integridade
do ex-assessor.
O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) criticou a vinda do ministro à
Câmara antes de os parlamentares ouvirem os assessores que são alvos de
denúncias. “Gostaria de convidar o ministro em outra oportunidade,
depois de ouvir todos os denunciados”, disse.
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