EXAGERO? | ||
Campanha agressiva de Eduardo Campos gera repercussão na Câmara |
A movimentação do governador Eduardo Campos (PSB) em prol da eleição da deputada Ana Arraes (PSB) para o Tribunal de Contas da União (TCU) gerou muita repercussão na tarde de ontem, na Câmara dos Deputados. Após uma audiência com o ministro Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional), em Brasília, o socialista mergulhou na campanha da mãe. Campos participou de dois jantares com as bancadas de PV e PSC. Reportagem da Agência Estado revelou que, a pedido do governador, um empreiteiro teria pedido a parlamentares pernambucanos para votarem na socialista. Além disso, secretários estaduais estiveram em Brasíla e acompanharam as movimentações.
Com a ostensiva campanha em favor de Ana Arraes, surgiram queixas e até versões de que o candidato do PMDB, Átila Lins (AM), desistiria da candidatura para beneficiar Aldo Rebelo (PCdoB). O intuito da movimentação seria enfraquecer Campos, para que não conquiste mais espaços e possa vir a ameaçar o PMDB na chapa presidencial de 2014 - o partido ocupa a vice-presidência, com Michel Temer.
A versão, entretanto, foi desmentida pelo deputado federal Raul Henry. O peemedebista destacou a receptividade obtida por Átila, na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara. “Não vejo na bancada alguém que se sujeite a esse raciocínio. Existe uma polarização entre Ana, Aldo e Átila. O PMDB está firme com a candidatura. A votação é secreta, mas acho que o Átila recebeu uma reação muito espontânea na comissão”, afirma Henry.
No entanto, muitas conversas de corredor levantavam à hipótese de que o governador Eduardo Campos tenha “exagerado na dose de campanha”, colocando uma “pressão desmedida” que chegou ao plenário. Esses rumores, na visão de alguns aliados, em reserva, poderiam beneficiar Aldo Rebelo.
Ontem, o deputado federal licenciado e o secretário de Governo, Maurício Rands (PT), admitiu que viajou a Brasília para participar das articulações pela candidatura de Ana
Arraes. “Parte das minhas atribuições como secretário de Governo é fazer articulações pelos interesses de Pernambuco. Por isso, vim a Brasília”, justificou. “Ana é a favorita. Se a eleição fosse hoje (ontem) à noite, ela era ministra. Isso fortalece Eduardo Campos, e a aliança entre PT e PSB”, completou.
Fonte: Folha de Pernambuco
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