Em jogo, o reajuste dos aposentados
Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
03/01/2012 | 08h16 | Orçamento
Apresidente Dilma Rousseff vai iniciar um ano eleitoral, no qual os
políticos tendem a ser mais benevolentes com os gastos públicos para
beneficiar aliados nos pleitos eleitorais, tendo à mesa a demanda de
aproximadamente 9 milhões de aposentados que ganham acima de um salário
mínimo (R$ 622). Após a pressão feita pelo deputado Paulo Pereira da
Silva, o Paulinho (PDT-SP) durante a votação do Orçamento de 2012, Dilma
encaminhou, em 26 de dezembro, aos ministros da Secretaria-Geral da
Presidência, Gilberto Carvalho, e da Previdência, Garibaldi Alves, um
ofício marcando a retomada do diálogo com os sindicatos a partir de
fevereiro.
Dilma, contudo, resiste à ideia de conceder aumentos. A presidente quer segurar os aumentos em 2012 para privilegiar os investimentos públicos. Com isso, planeja garantir um crescimento maior do PIB — a meta presidencial é de 5% — impedindo que a crise internacional faça seus estragos aqui.
O cálculo também é político. Com um PIB robusto em 2012, ela poderá dar um reajuste no salário mínimo consistente em 2014, ano em que provavelmente concorrerá à reeleição, já que a regra do aumento define que o percentual é calculado com base na inflação do ano anterior (2013) mais o PIB de dois anos antes (2012). Como é adepta do rigor fiscal, a presidente não quer deixar para a inflação a tarefa de vitaminar esse percentual do mínimo.
Paulinho afirmou que a conversa que pretende ter com Gilberto e Garibaldi a partir de fevereiro — o ofício foi encaminhado ao Sindicato Nacional dos Aposentados, filiado à Força Sindical — não passa apenas pelo aumento do vencimento dos aposentados. “Eu estou cobrando do governo a promessa feita durante a campanha presidencial de Dilma Rousseff de criar uma política específica para esse setor da população”, declarou. Isso passa, além do reajuste, por ações como a redução no preço dos medicamentos e outros benefícios aos aposentados.
O deputado está disposto a negociar os limites do reajuste que ele mesmo propôs como emenda ao Orçamento de 2012. Os 11,76% de reajuste são a inflação mais 80% do PIB do ano anterior. Paulinho calcula que o impacto no orçamento nem é tão grande diante da multidão que será beneficiada pela medida. Segundo os cálculos, são R$ 6 bilhões de aumento nos gastos públicos para atingir 9 milhões de pessoas com potencial suficiente para acelerar o crescimento da economia. “80% desses aposentados recebem até dois salários mínimos”, completou.
Dilma, contudo, resiste à ideia de conceder aumentos. A presidente quer segurar os aumentos em 2012 para privilegiar os investimentos públicos. Com isso, planeja garantir um crescimento maior do PIB — a meta presidencial é de 5% — impedindo que a crise internacional faça seus estragos aqui.
O cálculo também é político. Com um PIB robusto em 2012, ela poderá dar um reajuste no salário mínimo consistente em 2014, ano em que provavelmente concorrerá à reeleição, já que a regra do aumento define que o percentual é calculado com base na inflação do ano anterior (2013) mais o PIB de dois anos antes (2012). Como é adepta do rigor fiscal, a presidente não quer deixar para a inflação a tarefa de vitaminar esse percentual do mínimo.
Paulinho afirmou que a conversa que pretende ter com Gilberto e Garibaldi a partir de fevereiro — o ofício foi encaminhado ao Sindicato Nacional dos Aposentados, filiado à Força Sindical — não passa apenas pelo aumento do vencimento dos aposentados. “Eu estou cobrando do governo a promessa feita durante a campanha presidencial de Dilma Rousseff de criar uma política específica para esse setor da população”, declarou. Isso passa, além do reajuste, por ações como a redução no preço dos medicamentos e outros benefícios aos aposentados.
O deputado está disposto a negociar os limites do reajuste que ele mesmo propôs como emenda ao Orçamento de 2012. Os 11,76% de reajuste são a inflação mais 80% do PIB do ano anterior. Paulinho calcula que o impacto no orçamento nem é tão grande diante da multidão que será beneficiada pela medida. Segundo os cálculos, são R$ 6 bilhões de aumento nos gastos públicos para atingir 9 milhões de pessoas com potencial suficiente para acelerar o crescimento da economia. “80% desses aposentados recebem até dois salários mínimos”, completou.
Saiba mais
Pressão
Confira mais detalhes sobre o reajuste dos aposentados do INSS que ganham acima de um salário mínimo
11,7% a proposta
80% ganham até dois salários mínimos (R$ 1.244)
8,9 milhões é o público alvo
R$ 7 bilhões é o impacto estimado
Outras categorias que poderão pressionar
Servidores do Judiciário: cobram aumento de 56%
Aposentados no serviço público:
não há reajuste previsto, mas eles também pleiteiam recomposição salarial
Diário de Pernambuco
Nenhum comentário:
Postar um comentário