Hospitais particulares vão oferecer teste para Streptococcus pyogenes
Manoela Alcântara
Publicação: 04/11/2011 10:15 Atualização: 04/11/2011 10:40
Três unidades pretendem disponibilizar o exame até o fim do ano: confirmação laboratorial será mantida |
Mesmo
diante das recomendações da Secretaria de Saúde do DF para que a
população não adote os testes rápidos para diagnosticar a contaminação
pela Streptococcus pyogenes, hospitais particulares da capital federal
informam que vão utilizar o exame com o intuito de melhorar o
atendimento daqueles que apresentarem sintomas clínicos da infecção. Em
um procedimento não invasivo é possível detectar, ainda no consultório, a
presença da bactéria em 15 minutos. Embora a prática não descarte o
exame laboratorial, pode ajudar os médicos a especificar qual remédio o
paciente precisa tomar. O Hospital Anchieta adota o teste desde 2009.
Ainda este ano, os hospitais Santa Helena, Pronto Norte e Santa Lúcia
passarão a utilizar o sistema de detecção do micro-organismo. Falta
somente decidir quem fornecerá o kit. Por isso, ainda não há definição
em relação ao valor do procedimento.
A microbiologista e
supervisora da coleta do laboratório dos hospitais Santa Helena e Pronto
Norte, Michele Caminiti, enfatiza que o processo não exclui a cultura
padrão para diagnóstico, mas reduz a utilização empírica de
antibióticos. “Esse resultado rápido facilita que os profissionais
adotem uma conduta específica. Hoje, o paciente passa por avaliação
clínica subjetiva, na qual os sintomas são analisados. A febre pode
indicar a presença da bactéria, mas também pode ser um vírus”, explicou.
Com o exame, evita-se o uso de medicação desnecessária e é possível o
diagnóstico rápido.
Identificar a Streptococcus não significa, no entanto, que a pessoa vai, necessariamente, evoluir para um quadro grave de infecção. A bactéria é comum e atinge de 5% a 15% da população. O desenvolvimento depende de fatores ligados à imunidade, entre outros. A vantagem é orientar a conduta terapêutica. O teste é específico e tem 98% de co-relação com a cultura feita em laboratório.
Em nota, a Secretaria de Saúde diz não recomendar que as pessoas procurem os hospitais para fazer testes rápidos porque a notificação positiva não implica que a pessoa tenha a Streptococcus pyogenes. “Consideramos a realização desses exames uma perda de tempo, porque a presença da bactéria não significa que a pessoa vai ficar doente. Além disso, o uso de antibióticos, que muitas vezes é adotado após o conhecimento do resultado, é totalmente contraindicado para uma pessoa saudável”, explica a diretora de Vigilância Epidemiológica, Sônia Geraldes, em nota publicada no site da pasta.
Segundo as indicações do órgão, a população deve ficar alerta diante de febre, de dores no corpo e, sobretudo, de dificuldade em respirar. A sugestão é que a pessoa seja levada ao pronto-socorro mais próximo para uma avaliação. Ainda segundo Sônia Geraldes, a lavagem das mãos é a melhor forma de evitar todos os tipos de infecção por estreptococos do Grupo A. A secretaria garantiu novamente que a cidade não enfrenta um surto da bactéria.
O infectologista do Hospital Albert Einstein, de São Paulo, Luiz Fernando Aranha, acredita que o teste não deve ser usado como uma política pública. Porém, ressalta que, quando casos muito graves estão sendo identificados, essa é uma estratégia válida para o diagnóstico precoce. “Seria uma forma de evitar estados avançados da infecção. Para uma política nacional, tenho dúvidas da relação custo-benefício. Aqui, nós temos o teste e quem quiser pode fazer. Só que é pago ou financiado pelo convênio. É diferente de o governo bancar”, analisa.
Quatro casos
A Secretaria de Saúde confirma a morte de quatro pessoas devido ao contágio pelo micro-organismo. Além disso, somente nesta semana, duas pessoas tiveram a confirmação da infecção. Na última segunda-feira, uma criança de 7 anos, estudante do Colégio Marista, na 609 Sul, foi tratada em hospital particular e passa bem. Na terça-feira, o diagnóstico foi para um menino de 5 anos, aluno do Jardim 2 do Centro de Ensino Candanguinho, no Sudoeste.
Identificar a Streptococcus não significa, no entanto, que a pessoa vai, necessariamente, evoluir para um quadro grave de infecção. A bactéria é comum e atinge de 5% a 15% da população. O desenvolvimento depende de fatores ligados à imunidade, entre outros. A vantagem é orientar a conduta terapêutica. O teste é específico e tem 98% de co-relação com a cultura feita em laboratório.
Em nota, a Secretaria de Saúde diz não recomendar que as pessoas procurem os hospitais para fazer testes rápidos porque a notificação positiva não implica que a pessoa tenha a Streptococcus pyogenes. “Consideramos a realização desses exames uma perda de tempo, porque a presença da bactéria não significa que a pessoa vai ficar doente. Além disso, o uso de antibióticos, que muitas vezes é adotado após o conhecimento do resultado, é totalmente contraindicado para uma pessoa saudável”, explica a diretora de Vigilância Epidemiológica, Sônia Geraldes, em nota publicada no site da pasta.
Segundo as indicações do órgão, a população deve ficar alerta diante de febre, de dores no corpo e, sobretudo, de dificuldade em respirar. A sugestão é que a pessoa seja levada ao pronto-socorro mais próximo para uma avaliação. Ainda segundo Sônia Geraldes, a lavagem das mãos é a melhor forma de evitar todos os tipos de infecção por estreptococos do Grupo A. A secretaria garantiu novamente que a cidade não enfrenta um surto da bactéria.
O infectologista do Hospital Albert Einstein, de São Paulo, Luiz Fernando Aranha, acredita que o teste não deve ser usado como uma política pública. Porém, ressalta que, quando casos muito graves estão sendo identificados, essa é uma estratégia válida para o diagnóstico precoce. “Seria uma forma de evitar estados avançados da infecção. Para uma política nacional, tenho dúvidas da relação custo-benefício. Aqui, nós temos o teste e quem quiser pode fazer. Só que é pago ou financiado pelo convênio. É diferente de o governo bancar”, analisa.
Quatro casos
A Secretaria de Saúde confirma a morte de quatro pessoas devido ao contágio pelo micro-organismo. Além disso, somente nesta semana, duas pessoas tiveram a confirmação da infecção. Na última segunda-feira, uma criança de 7 anos, estudante do Colégio Marista, na 609 Sul, foi tratada em hospital particular e passa bem. Na terça-feira, o diagnóstico foi para um menino de 5 anos, aluno do Jardim 2 do Centro de Ensino Candanguinho, no Sudoeste.
Corrêio Baziliense
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