sexta-feira, 13 de maio de 2011

Deputado fala sobre a educação ambiental em Pernambuco.

CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ

Sessão: 071.1.54.O Hora: 14:51 Fase: PE
Orador: VILALBA, PRB-PE Data: 14/04/2011

O SR. VILALBA (Bloco/PRB-PE. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, subo a esta tribuna hoje para falar sobre a educação ambiental em meu Estado de Pernambuco.

Pernambuco vem se tornando, há mais de 2 décadas, referência regional, nacional e internacional de boas práticas em educação ambiental.
Na década de 1990, várias instituições pernambucanas incorporaram a temática ambiental, como o Centro Josué de Castro, a Fundação Joaquim Nabuco, o Instituto Sabiá e várias instituições de ensino superior. Em 1992, o IBAMA no meu Estado criou seu Núcleo de Educação Ambiental. Desde aquela época, é um disseminador de boas práticas não apenas entre seus próprios funcionários, mas também entre funcionários de órgãos como o INCRA, a FUNASA, a FUNAI, Secretarias Estaduais e Municipais, além de representantes de ONGs e da sociedade civil.
Em 1994, o Governo e a sociedade civil instituíram a Comissão Estadual de Educação Ambiental, e, em 2001, foi criada a Comissão Institucional de Educação Ambiental do Estado de Pernambuco. Como vemos, Pernambuco vem crescendo na área ambiental.
Diferentes setores da sociedade pernambucana convergiam seus interesses para a Agenda Comum de Educação Ambiental, visando adequar o Estado aos parâmetros do desenvolvimento sustentável, e em 2005 foi lançado o Programa de Educação Ambiental, destinado a ações dentro e fora das escolas públicas.
Esse programa considera que a educação ambiental:
• é fator decisivo para a sustentabilidade econômica, aperfeiçoando continuamente a consciência do impacto na natureza dos diferentes processos produtivos;
• contribui para a promoção da melhoria da qualidade de vida dos pernambucanos;
• promove e assegura a participação dos diversos setores sociais nas diferentes estratégias de meio ambiente no Estado de Pernambuco;
• assegura o respeito às raízes culturais sem impedir novos hábitos e valores necessários à transformação sociedade;
• viabiliza-se nos níveis formal e não formal;
• integra-se à política de educação do Estado;
• dá instrumentos de gestão à sociedade civil e ao poder público;
• integra-se à Política Nacional de Educação Ambiental.Em Pernambuco, a educação ambiental é, portanto, um elemento estratégico, integrador de políticas e de ações direcionadas à sustentabilidade. Em todos os níveis do ensino formal, de modo particular nas escolas da rede pública, a educação ambiental é o investimento mais promissor ao futuro do Estado. Até o presente momento a economia pernambucana tem crescido, como o Brasil, sem resolver as desigualdades sociais. Esperamos que, no século XXI, a renda cresça e seja distribuída sem ter como contrapartida a degradação ambiental e social. É isso que os estudantes precisam compreender desde a mais tenra idade.
A prepotência das elites e a submissão dos excluídos, o desmatamento e a deterioração de recursos hidráulicos, a redução das áreas de mangue e a degradação e a salinização do solo foram uma herança ruim do século XX. Ora, elevando o nível educacional e a qualificação da mão de obra pernambucana, poderemos, em médio prazo, construir uma sociedade melhor, inclusive no semiárido.
Os investimentos em educação ambiental, articulados às características culturais e geográficas de Pernambuco, certamente florescerão como estrutura econômica mais produtiva e sustentável, possibilitando uma qualidade de vida melhor para o povo pernambucano.
Muito obrigado, Sr. Presidente.

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