Dinheiro gasto para recolher lixo é suficiente para reformar quatro praças
04/01/2012 | 07h57 | Em um mês
A língua portuguesa que me desculpe, mas janeiro rima com praia. Se
você está de férias, leia o jornal rapidinho (ou coloque na bolsa junto
com o protetor solar) e corra para garantir seu lugar ao sol, que a
temperatura máxima hoje na capital é de 32°C. Tudo parece combinar tanto
que dá até para imaginar João Gilberto cantando “Dia de luz, festa do
sol / um barquinho a deslizar no macio azul do mar”. Seria um cenário
perfeito se janeiro também não rimasse com lixo. Só no Recife, o
dinheiro extra gasto para recolher copos, latas e canudos é suficiente
para reformar quatro praças.
Pouco mais de 3 mil toneladas de lixo são coletados por mês, em média, nos quase nove quilômetros de praias da capital. Em dezembro e janeiro, há um acréscimo de cerca de 10%, elevando essa quantia para 3,3 mil a 3,4 mil toneladas. Mais lixo, mais dinheiro para deixar tudo limpo. Segundo o diretor de Limpeza Urbana da capital, Rodrigo Brayner, R$ 660 mil são gastos mensalmente na limpeza do litoral. Em janeiro, esse valor sobe para a casa dos R$ 700 mil. “Com R$ 10 mil, a gente consegue fazer ações em uma pequena praça e deixá-la pronta”, comparou.
Ao contrário do Recife, as prefeituras de Olinda e Jaboatão não dispõem de dados que permitam calcular de quanto é o acréscimo de lixo recolhido do litoral no verão. Mas os representantes dos setores de limpeza urbana das duas cidades concordam que as festas e as férias provocam o aumento de pessoas e, consequentemente, de resíduos na areia. De acordo com a Secretaria de Turismo, até fevereiro de 2012, o estado deve receber mais de 1,4 milhão de turistas. A maioria, claro, à procura de sol e mar.
Danos - O problema é que os resíduos gerados nessas manhãs e tardes de lazer não têm nada de inofensivos. Prejudicam a imagem das praias, oferecem riscos à saúde dos frequentadores e, em casos mais graves, podem afetar o turismo e a economia local. Sem contar com o perigo para os animais, que podem ficar presos ou ingerirem o lixo. Euclides Jacinto Alves, 41, trabalha limpando as praias do Recife. Gari, ele recolhe resíduos desde o posto sete de Boa Viagem até a altura do Buraco da Véia, no Pina. Nem as luvas evitaram que ele se machucasse. “As pessoas deixam tudo jogado na areia. Eu já me cortei com conchas de ostras e garrafas”, contou. Euclides nem pede muito. Sequer exige que as pessoas joguem o lixo que elas mesmas produzem na lixeira. Colocá-lo em um saco plástico, diz, já ajuda. Mas não é o ideal.
Pouco mais de 3 mil toneladas de lixo são coletados por mês, em média, nos quase nove quilômetros de praias da capital. Em dezembro e janeiro, há um acréscimo de cerca de 10%, elevando essa quantia para 3,3 mil a 3,4 mil toneladas. Mais lixo, mais dinheiro para deixar tudo limpo. Segundo o diretor de Limpeza Urbana da capital, Rodrigo Brayner, R$ 660 mil são gastos mensalmente na limpeza do litoral. Em janeiro, esse valor sobe para a casa dos R$ 700 mil. “Com R$ 10 mil, a gente consegue fazer ações em uma pequena praça e deixá-la pronta”, comparou.
Ao contrário do Recife, as prefeituras de Olinda e Jaboatão não dispõem de dados que permitam calcular de quanto é o acréscimo de lixo recolhido do litoral no verão. Mas os representantes dos setores de limpeza urbana das duas cidades concordam que as festas e as férias provocam o aumento de pessoas e, consequentemente, de resíduos na areia. De acordo com a Secretaria de Turismo, até fevereiro de 2012, o estado deve receber mais de 1,4 milhão de turistas. A maioria, claro, à procura de sol e mar.
Danos - O problema é que os resíduos gerados nessas manhãs e tardes de lazer não têm nada de inofensivos. Prejudicam a imagem das praias, oferecem riscos à saúde dos frequentadores e, em casos mais graves, podem afetar o turismo e a economia local. Sem contar com o perigo para os animais, que podem ficar presos ou ingerirem o lixo. Euclides Jacinto Alves, 41, trabalha limpando as praias do Recife. Gari, ele recolhe resíduos desde o posto sete de Boa Viagem até a altura do Buraco da Véia, no Pina. Nem as luvas evitaram que ele se machucasse. “As pessoas deixam tudo jogado na areia. Eu já me cortei com conchas de ostras e garrafas”, contou. Euclides nem pede muito. Sequer exige que as pessoas joguem o lixo que elas mesmas produzem na lixeira. Colocá-lo em um saco plástico, diz, já ajuda. Mas não é o ideal.
Pernambuco.com
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