Aditivo para combustíveis detectado nas próteses PIP
Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
02/01/2012 | 19h39 | Silicone
Sebastien Nogier/AFP Photo
Um aditivo para combustíveis foi detectado no gel das próteses
mamárias defeituosas da empresa francesa PIP, que estão no centro de um
escândalo mundial, revelou a rádio RTL, enquanto os advogados das
vítimas pedem mais análises da Agência Francesa de Segurança Sanitária.
Segundo a emissora, as próteses de Poly Implant Prothèse (PIP)
continham uma mistura de produtos encomendados de grandes grupos de
química industrial que nunca foram objeto de testes clínicos sobre uma
eventual nocividade para o organismo humano.
Entre os produtos estava um aditivo para combustíveis, Basylone,
assim como Silopren e Rhodorsil, utilizados na indústria da borracha.
Aparentemente, tais produtos provocaram a ruptura dos implantes.
"Segundo a Afssaps (Agência Francesa de Segurança Sanitária dos
Produtos de Saúde), sabiam que era um gel impróprio, mais utilizado no
setor alimentar e de informática", declarou à AFP o médico assessor de
uma associação de mulheres que utilizaram próteses PIP, Dominique-Michel
Courtois.
"Não era possível imaginar que o gel pudesse conter aditivo para
combustíveis. É por isto que pedimos análises de próteses retiradas
diretamente nas pacientes", declarou um dos advogados das demandantes,
Philippe Courtois.
De acordo com Courtois, as análises da Afssaps foram feitas apenas em
próteses apreendidas no estoque da empresa PIP em março de 2010.
De acordo com o advogado, também devem ser feitas análises no
exterior, depois da revelação na imprensa britânica de uma taxa de
ruptura das próteses PIP muito mais elevada na Grã-Bretanha.
Da AFP Paris
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