COTIDIANO
Economia // Expectativa
CBIC: preço dos imóveis deve ficar estável em 2012Publicado em 08.12.2011, às 16h39
O preço dos imóveis no mercado brasileiro deverá se manter
relativamente estável nos próximos anos, na avaliação do presidente da
Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Sady Simão.
"Vimos um aumento significativo no passado recente e houve até excessos que já se acomodaram. Mas não vejo motivo para os preços aumentarem e tampouco baixarem", avaliou.
De acordo com Simão, o crédito imobiliário hoje representa 5,1% do PIB, ainda muito distante de países da América Latina, como o México, que hoje está em 12,5%. "Mesmo se dobrarmos o nosso nível não haverá problemas. Não há bolha coisa nenhuma", descartou.
Segundo ele, 2012 será um ano positivo para o mercado imobiliário brasileiro e da construção civil, apesar da crise externa e de ser também um ano de eleições municipais, que poderia prejudicar o setor, com a suspensão de novos contratos.
"Vimos um aumento significativo no passado recente e houve até excessos que já se acomodaram. Mas não vejo motivo para os preços aumentarem e tampouco baixarem", avaliou.
De acordo com Simão, o crédito imobiliário hoje representa 5,1% do PIB, ainda muito distante de países da América Latina, como o México, que hoje está em 12,5%. "Mesmo se dobrarmos o nosso nível não haverá problemas. Não há bolha coisa nenhuma", descartou.
Segundo ele, 2012 será um ano positivo para o mercado imobiliário brasileiro e da construção civil, apesar da crise externa e de ser também um ano de eleições municipais, que poderia prejudicar o setor, com a suspensão de novos contratos.
Fonte: Agência Estado
Senado aprova em primeiro turno PEC da DRU
Publicado em 08.12.2011, às 21h40
Presidente do Senado, José Sarney conversa com o relator da matéria, Renan Calheiros
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
O Senado aprovou em primeiro turno a proposta de emenda à
Constituição que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU).
Com 59 votos a favor e 12 contrários, o governo conseguiu ampla maioria
para aprovar a PEC na primeira parte da votação.
Antes da votação, a oposição disse que votaria contra a matéria por entender que o governo não corrigiu o excesso de gastos públicos. Para os oposicionistas, a DRU é um cheque em branco nas mãos de uma administração pública que gasta demais. “O que nós estamos votando é a capacidade do governo deslocar dinheiro, por exemplo, da saúde para pagar juros”, disse o senador José Agripino Maia (DEM-RN).
A PEC desvincula 20% do Orçamento Geral da União pelos próximos quatro anos. Dessa forma, o governo pode aplicar esse percentual como quiser, inclusive para fazer superávit primário. Para os governistas, esse mecanismo é fundamental para enfrentar a crise econômica mundial.
“A não aprovação da DRU seria um complicador de ordem orçamentária e financeira”, disse o relator da proposta, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que deu parecer favorável à aprovação da PEC.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), também ressaltou que a prorrogação da DRU tem relação direta com o equilíbrio fiscal das contas públicas. “Se nós queremos que o governo tenha instrumento fiscal importante para enfrentar a crise, precisamos aprovar a DRU”.
Até o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), subiu à tribuna para defender a aprovação da proposta. Sarney lembrou que a DRU foi utilizada por outros governos, mesmo que com outros nomes. Segundo ele, nesse momento de crise, a presidenta Dilma não poderia ficar sem esse instrumento. “A DRU é vacina que foi usada pelo Fernando Henrique Cardoso, foi usada pelo Lula e não podemos tirar das mãos da presidenta Dilma”, disse Sarney.
A proposta precisa ainda ser aprovada em segundo turno para começar a valer. Para isso, ela ainda vai necessitar de mais três sessões de discussão. Se não houver nenhuma alteração, a PEC não precisará voltar para a Câmara dos Deputados e será promulgada.
Antes da votação, a oposição disse que votaria contra a matéria por entender que o governo não corrigiu o excesso de gastos públicos. Para os oposicionistas, a DRU é um cheque em branco nas mãos de uma administração pública que gasta demais. “O que nós estamos votando é a capacidade do governo deslocar dinheiro, por exemplo, da saúde para pagar juros”, disse o senador José Agripino Maia (DEM-RN).
A PEC desvincula 20% do Orçamento Geral da União pelos próximos quatro anos. Dessa forma, o governo pode aplicar esse percentual como quiser, inclusive para fazer superávit primário. Para os governistas, esse mecanismo é fundamental para enfrentar a crise econômica mundial.
“A não aprovação da DRU seria um complicador de ordem orçamentária e financeira”, disse o relator da proposta, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que deu parecer favorável à aprovação da PEC.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), também ressaltou que a prorrogação da DRU tem relação direta com o equilíbrio fiscal das contas públicas. “Se nós queremos que o governo tenha instrumento fiscal importante para enfrentar a crise, precisamos aprovar a DRU”.
Até o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), subiu à tribuna para defender a aprovação da proposta. Sarney lembrou que a DRU foi utilizada por outros governos, mesmo que com outros nomes. Segundo ele, nesse momento de crise, a presidenta Dilma não poderia ficar sem esse instrumento. “A DRU é vacina que foi usada pelo Fernando Henrique Cardoso, foi usada pelo Lula e não podemos tirar das mãos da presidenta Dilma”, disse Sarney.
A proposta precisa ainda ser aprovada em segundo turno para começar a valer. Para isso, ela ainda vai necessitar de mais três sessões de discussão. Se não houver nenhuma alteração, a PEC não precisará voltar para a Câmara dos Deputados e será promulgada.
Fonte: Agência BrasilCiência & vida // COP-17
Brasil aceita compromisso de corte de emissões
Publicado em 08.12.2011, às 21h15
Foto: Internet
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, discursou nesta
quinta (8) na 17.ª Conferência do Clima (COP-17), em Durban, na África
do Sul, e afirmou pela primeira vez que o País aceita um compromisso
internacional de corte de emissões de gases-estufa. “Nós não podemos
chegar ao ano 2020 e dizer: ‘O que vamos fazer?’ Nós temos de começar
agora esse diálogo. O País está aberto à negociação de algo mais
abrangente, inovador e estratégico, com base nos conhecimentos
científicos e no engajamento de todos os países”, afirmou.
Hoje, após o aceno positivo do Brasil - e também dos Estados Unidos -, os quase 200 países reunidos na 17.ª Conferência do Clima (COP-17) em Durban, na África do Sul, estão bem perto de fechar um “pacote climático”. O pacote incluirá um segundo período do Protocolo de Kyoto - que funcionará de 2013 a 2020 - e também um roteiro para um futuro acordo global contra as mudanças climáticas, em que todos os grandes emissores de CO2 do mundo, incluindo o Brasil, terão metas obrigatórias para cortar emissões de gases que provocam o efeito estufa.
A primeira fase de Kyoto termina em dezembro de 2012. Por isso, sua continuidade era a questão mais urgente a ser decidida em Durban. Nesse tratado, apenas os países industrializados são obrigados a cortar suas emissões de CO2. Por acharem essa imposição injusta, o Japão, a Rússia e o Canadá não querem fazer parte do segundo período do acordo, mas também não se opõem a sua realização. Os EUA nunca fizeram parte de Kyoto e querem permanecer fora dele, mas não se importam se o protocolo continuar vivo.
A União Europeia, que sempre se disse favorável a ficar em Kyoto e era a grande esperança para isso se concretizar, colocava uma única condição para a sua adesão: que se definisse em Durban um roteiro para o próximo acordo, com um cronograma para sua entrada em vigor. Os europeus defendem que o acordo tem de ser fechado até 2015 e entrar em vigor em 2020 - assim, os países terão cinco anos para ratificá-lo em seus países.
Estados Unidos - Todd Stern, chefe da delegação americana, afirmou que apoia a ideia da UE de ter um roteiro para o acordo pós-2020 e disse que é “mentira” que seu país tenta atrasar as ações de combate às mudanças climáticas. A fala foi uma resposta principalmente a um protesto de uma estudante antes do discurso de Stern - ela gritou que estava preocupada com seu futuro, pedindo aos EUA que agissem.
O enviado especial dos EUA para o clima estava bastante irritado com as acusações - feitas até por outros delegados - de que os EUA bloqueavam as negociações. “Estamos muito comprometidos em iniciar prontamente o processo e seguir adiante. É bobagem dizer que estamos propondo um hiato na lida com as mudanças climáticas.”
Stern disse que, até 2020, os países que não têm metas dentro de Kyoto cumprirão os compromissos voluntários acordados em Cancún em 2010, na COP-16. A meta dos EUA é cortar em 17% as emissões de CO2 em comparação ao emitido em 2005, enquanto a do Brasil é reduzi-las entre 36% e 39%, comparado ao que o País emitiria se nada fosse feito. Porém, Stern ponderou que ainda não se sabe se esse acordo pós-2020 será legalmente vinculante ou não - é complicado para os americanos um tratado com força de lei porque nesse caso, o Congresso tem de ratificar. Com Kyoto, isso deu errado, já que os congressistas americanos não aprovaram o tratado.
A União Europeia comemorou a atitude. Para Connie Hedegaard, comissária do bloco para Ações Climáticas, a decisão do Brasil foi um avanço. Outro ponto que precisava de maior consenso eram as datas do acordo. O embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado preferia fechar o acordo em 2016, um ano depois do proposto pela UE, para dar tempo de incluir no documento as medidas indicadas por estudos científicos mais novos. Um dos argumentos é de que o Painel do Clima da ONU (IPCC) soltará seu próximo relatório em 2013 e 2014. Hoje, porém, o embaixador disse que o País estava “flexível” em relação a datas e que não seria isso que travaria o acordo.
Hoje, após o aceno positivo do Brasil - e também dos Estados Unidos -, os quase 200 países reunidos na 17.ª Conferência do Clima (COP-17) em Durban, na África do Sul, estão bem perto de fechar um “pacote climático”. O pacote incluirá um segundo período do Protocolo de Kyoto - que funcionará de 2013 a 2020 - e também um roteiro para um futuro acordo global contra as mudanças climáticas, em que todos os grandes emissores de CO2 do mundo, incluindo o Brasil, terão metas obrigatórias para cortar emissões de gases que provocam o efeito estufa.
A primeira fase de Kyoto termina em dezembro de 2012. Por isso, sua continuidade era a questão mais urgente a ser decidida em Durban. Nesse tratado, apenas os países industrializados são obrigados a cortar suas emissões de CO2. Por acharem essa imposição injusta, o Japão, a Rússia e o Canadá não querem fazer parte do segundo período do acordo, mas também não se opõem a sua realização. Os EUA nunca fizeram parte de Kyoto e querem permanecer fora dele, mas não se importam se o protocolo continuar vivo.
A União Europeia, que sempre se disse favorável a ficar em Kyoto e era a grande esperança para isso se concretizar, colocava uma única condição para a sua adesão: que se definisse em Durban um roteiro para o próximo acordo, com um cronograma para sua entrada em vigor. Os europeus defendem que o acordo tem de ser fechado até 2015 e entrar em vigor em 2020 - assim, os países terão cinco anos para ratificá-lo em seus países.
Estados Unidos - Todd Stern, chefe da delegação americana, afirmou que apoia a ideia da UE de ter um roteiro para o acordo pós-2020 e disse que é “mentira” que seu país tenta atrasar as ações de combate às mudanças climáticas. A fala foi uma resposta principalmente a um protesto de uma estudante antes do discurso de Stern - ela gritou que estava preocupada com seu futuro, pedindo aos EUA que agissem.
O enviado especial dos EUA para o clima estava bastante irritado com as acusações - feitas até por outros delegados - de que os EUA bloqueavam as negociações. “Estamos muito comprometidos em iniciar prontamente o processo e seguir adiante. É bobagem dizer que estamos propondo um hiato na lida com as mudanças climáticas.”
Stern disse que, até 2020, os países que não têm metas dentro de Kyoto cumprirão os compromissos voluntários acordados em Cancún em 2010, na COP-16. A meta dos EUA é cortar em 17% as emissões de CO2 em comparação ao emitido em 2005, enquanto a do Brasil é reduzi-las entre 36% e 39%, comparado ao que o País emitiria se nada fosse feito. Porém, Stern ponderou que ainda não se sabe se esse acordo pós-2020 será legalmente vinculante ou não - é complicado para os americanos um tratado com força de lei porque nesse caso, o Congresso tem de ratificar. Com Kyoto, isso deu errado, já que os congressistas americanos não aprovaram o tratado.
A União Europeia comemorou a atitude. Para Connie Hedegaard, comissária do bloco para Ações Climáticas, a decisão do Brasil foi um avanço. Outro ponto que precisava de maior consenso eram as datas do acordo. O embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado preferia fechar o acordo em 2016, um ano depois do proposto pela UE, para dar tempo de incluir no documento as medidas indicadas por estudos científicos mais novos. Um dos argumentos é de que o Painel do Clima da ONU (IPCC) soltará seu próximo relatório em 2013 e 2014. Hoje, porém, o embaixador disse que o País estava “flexível” em relação a datas e que não seria isso que travaria o acordo.
Fonte: Agência Estado
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