segunda-feira, 19 de março de 2012

Opinião - Partido em ascensão

Opinião


Partido em ascensão
 A figura de José Alencar projetou o PRB nacionalmente. Com a sua morte, a estrela agora é Marcelo Crivella, empossado ministro da Pesca. Em entrevista, o presidente nacional do partido, Marcos Pereira, fala sobre esse crescimento e das estratégias para 2012
     ALLINE FARIAS
amelo@jornalcoletivo.com.br
 Redação Jornal da Comunidade
Marcos Pereira: à frente do PRB há quase um ano, trabalha para fortalecer o partidoFoto: Mary LealMarcos Pereira: à frente do PRB há quase um ano, trabalha para fortalecer o partido
Com apenas seis anos de existência, o PRB tem crescido nacionalmente. A projeção deveu-se, inicialmente, pela representatividade de José Alencar, enquanto vice-presidente da República durante todo o governo Lula. Agora, o partido volta a ter projeção nacional com a ida de Marcelo Crivella ao Ministério da Pesca e Aquicultura, empossado na semana passada.

O foco do partido, segundo o presidente nacional, Marcos Pereira, é trabalhar para melhorar a qualidade de vida do povo, principalmente dos mais necessitados. Formado em contabilidade e direito, Marcos nunca ocupou cargo eletivo e diz que isso é até um fator positivo para assumir a liderança de um partido novo. Porém, desde os 18 anos de idade ele é filiado a partido político, já tendo passado pelo PTdoB e PSB.
Em entrevista ao Jornal da Comunidade, Marcos Pereira fala como está o trabalho para aumentar ainda mais a representatividade da legenda nos estados e sobre a movimentação para as eleições deste ano.

O senhor completa um ano como presidente do PRB em maio. Como avalia esse período?
Avalio positivamente, por que a impressão que tenho, e que as pessoas têm me comunicado, é que o partido tomou uma dimensão maior e passou a ter muito mais visibilidade com a nossa atuação.

Como está o trabalho de articulação do partido?

Os estados têm feito encontros regionais, e o que faz  movimentar são os encontros e as alianças que são feitas.

Como tem sido esses encontros?

Muito bons. No dia 10 de março tive encontro no Piauí, com pré-candidatos a prefeitos e vereadores. Na sexta-feira, 23 de março, tenho outro em Manaus. Isso, obviamente, faz com que o partido comece a ser mais visto, a ter visibilidade maior. O partido é jovem, fez, em agosto, seis anos e ele está bem instalado nos 27 estados, crescendo. Fui recententemente ao Acre e lá o partido não tem representante em nada, está em fase de formação, mas as perspectivas para as eleições deste ano são grandes.

Mesmo novo, o PRB tem passado por reformulação?

As mudanças estão sendo feitas somente nas presidências regionais e param por aí.

Como é ser líder do partido sem ter ocupado cargos eletivos?

Como o partido é pequeno, tenho defendido essa postura de ocuparmos a presidência nacional e algumas estaduais, em estados maiores, com quem não tem mandato. Quando você tem mandato, você fica preso a ele. Você tem de estar em Brasília pelo menos três vezes por semana, para votações e comissões, depois voltar para a sua base, por que o político precisa estar em contato com o eleitor. Como não tenho mandato, fico livre para fazer essas viagens Brasil afora por que não tenho de voltar, preocupado com a base. 

No DF, o PRB tem alguns representantes, mas o partido está fazendo algo para aumentar essa representatividade?

Além do Evandro Garla, temos o Ricardo Quirino que está com uma secretaria (do Idoso). Temos também o secretário de Esportes e o secretário de Assuntos Institucionais, o Roberto Vagner, que é presidente regional e que, apesar de não ter sido indicado pelo partido, foi uma indicação do governador e isso deve ser considerado. Então, estamos satisfeitos com o espaço. Pelo tamanho do partido, ele está bem representado.

O que representou ao PRB o ex-vice-presidente José Alencar?

Ele foi a maior estrela do partido e com o falecimento dele, ficou o senador e hoje ministro, Marcelo Crivella. Celso Russomano, em São Paulo, é a nossa segunda maior representatividade política depois do Marcelo.

O que representa a posse do ministro da Pesca, Marcelo Crivella, para o o PRB?

Acho que representa um passo grande para o partido. Representa um avanço, por que o José Alencar, enquanto vice-presidente, tinha uma representação nacional. O Crivella, até então, tinha uma representação regional, por que exercia muito bem o mandato de senador pelo Rio de Janeiro. Com a posse como ministro, passa a representar o estado. Assim, o partido começa a ter essa dimensão, volta a ter essa representação de um líder de âmbito nacional.

O PRB vai abrir mão da pré-candidatura de Celso Russomano, em São Paulo, para apoiar o candidato do PT?

Não tem nenhuma chance do Russomano abrir mão da candidatura dele. Ele será candidato a prefeito de São Paulo e na conversa que nós tivemos com a Dilma, em nenhum momento foi tratada essa questão da desistência de candidatura.

No DF, não tem eleição este ano, mas terá no Entorno. Como está esse trabalho na região?
Não teremos candidato a prefeito no Entorno, mas estamos avaliando os candidatos dos outros partidos para fazer coligações. Mas pretendemos eleger oito vereadores nas cidades do Entorno.
O PRB é um partido formado basicamente por evangélicos, não é mesmo?

Na verdade, não, mas as pessoas confundem mesmo, acreditam nessa ideia. Costumo dizer que o partido já nasceu com duas marcas. Uma delas é que é o partido do José Alencar e a outra é de que é da Igreja Universal. Isso por que algumas das figuras que comandam o partido têm ligação com a igreja, entre elas, o Marcelo Crivella, que tem uma ligação muito forte com o fundador da Universal. Mas, dos 780 vereadores que o partido tem pelo Brasil, somente 70 são evangélicos, e cerca de 55 são da Universal. O restante tem outras religiões. Mas ficamos marcados, não tem jeito.

Jornal da Comunidade

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