sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Retrato da baixa renda no DF



Cerca de 250 mil pessoas vivem com dois salários mínimos por mês no DF Estudo inédito aponta perfil das famílias que vivem, no máximo, com dois salários mínimos mensais nas 15 regiões administrativas de menor poder aquisitivo do DF

Ariadne Sakkis
Publicação: 16/09/2011 07:15 Atualização: 16/09/2011 07:48
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Com a maior renda per capita mais alta do país, o Distrito Federal tem hoje 250 mil pessoas de baixa renda vivendo nas 15 regiões administrativas (RAs) de menor poder aquisitivo. Esse contingente, que representa quase 10% da população do DF, equivale a uma cidade de médio porte formada apenas por famílias com renda mensal de, no máximo, dois salários mínimos, o equivalente a R$ 1.090.

Pouco mais da metade dessas pessoas vive em três cidades: Ceilândia, Samambaia e Planaltina. Inédito, o diagnóstico é traçado pela pesquisa Perfil da População de Baixa Renda do DF, feita pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan). O levantamento é dividido em quatro recortes: características migratórias, situação dos jovens, chefes de domicílio e contextualização do idoso. Embora seja a primeira vez que um estudo desse porte é feito na capital do país, os pesquisadores acreditam que o panorama não é dos melhores.


Ceilândia, por ser a região mais populosa do DF, tem o maior percentual de famílias nessa faixa: 24,1% das 250 mil pessoas de baixa renda vivem lá. Mas, em relação ao número absoluto de moradores da cidade, a parcela de indivíduos da classe D cai para 14,8%. A instabilidade social é mais grave no Varjão. Na pobre vizinha do Lago Norte, 38% da população têm rendimento familiar inferior ou igual a R$ 1,090. “Não há interesse em investir no Varjão.

E, aos poucos, o Centro de Atividades do Lago Norte vai engolindo a região. A valorização das áreas vai expulsando a população pobre”, acredita a pesquisadora associada do Núcleo de Estudos Urbanos e Regionais da Universidade de Brasília Ignez Costa Barbosa Ferreira. A surpresa da pesquisa foi registrada no Recanto das Emas.

A cidade tem situação menos dramática, já que 10% das pessoas têm a soma dos rendimentos familiares menor do que o salário mínimo
 
 
Fonte: Correio Braziliense 
 
 
 
 

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